E a música mexe tanto comigo
que dentro compõe uma melodia que preciso transparecer em escritas,
é algo que não controlo entra, dança e canta no papel o que no ouvido a mão possa acompanhar.

Eu, uma TV!
Quebrada TV:
Não ouve, só fala, não vê!

Me preocupo em aparecer:
Cores, imagem, vídeo, privê.

Chamou atenção,
fez gente correr.
Até os críticos
não vieram rever.
Eles alegavam:
É aquela mesma porcaria de TV!

Não mais cores,
Não mais imagem,
nem vídeo,
resta seu espaço privê!

-Espera, acho que uma garota ainda me vê!
Até que a menina também enjoou.
Ficou sem saber se ainda prestava aquela quebrada TV!

E agora o que fazer?
Mudar de canal?
Ficar irracional?
Ou mostrar o Bial?
Pobre TV.

Larga esse emprego TV,
mostra o que a vida quer ver!
Quem sabe um livro?
Isso um livro! Assim podes te descrever!

Um bom livro:
Que ouve, não fala, que vê!
É hora da mudança, quebrada TV!

 Poema resposta a Ele, uma tv. (André Góes - Eu, TV!)

Ele é uma Tv quebrada
que na minha estante ficou


Mesmo canal, mesmo volume, as mesmas cores

Sentei olhei para ele como nunca mais fiz
Sentei e chorei, como não era pra acontecer,
pensei: "Tv o que faço com você?"


Mudei o canal, mudei o volume.
Mudei meu costume.

Mas Tv ainda quebrada, não sei se concerta-la é fazer acontecer.

Eu não sei mais se quero t ver

Entre notas e pássaros,
há um caminho transformado.
Um pensamento avoado...

Ela em seu ombro esquerdo,
é um pássaro que vem crescendo
numa vontade plana de cantar.

Ela em seu ombro esquerdo,
é uma composição perfeita,
que o céu pede em suas cores
essa liberdade musicada,
esse ato pleno de voar.

Hoje acordo bem cedo,
mas nem sei se eu dormi.

Ansiedade de colocar você no meu colo,
de sorri junto, de dizer que o dia sempre
vai terminar feliz.

Você sussurra com os olhos

que eu esquento a tua calma parada

te dou emoção.

Te digo que você movimenta minha alma,
e tudo que ta parado, movimenta-se
tem vida, se transforma em forma
poemas, poesias, melodias

Eu e você.